quarta-feira, 5 de junho de 2013

Parati 2008 - 9

20/jul/08 - Domingo


Acordei bem cedo e fui registrar um pouco da bela Parati em fotos ao amanhecer. Logo após o café, assistimos ao GP de fórmula 1 da Alemanha, onde Nelsinho Piquet obteve seu primeiro pódium, chegando em segundo lugar, com Felipe Massa em terceiro e Hamilton vencendo a corrida. Depois, foi só dar início à limpeza geral e arrumação da Safari para a viagem de volta. Após o almoço, entramos nos "finalmentes", lavando e arrumando tudo e às 16h deixamos Parati com destino a SP. A Nira resolveu ir ao centro histórico para comprar mais doces.
A viagem transcorreu bem, mas a Safari continuava com baixo rendimento nas acelerações e em qualquer subidinha, perdia velocidade rapidamente, mesma situação que ocorreu quando viemos para cá. Deixei para abastecer em Ubatuba, já no estado de Sâo Paulo, porque o combustível é mais barato do que no estado do Rio (no litro do álcool, a diferença era de R$1,02 e, na gasolina, R$0,98). O tanque estava quase vazio. Completei o tanque (da Safari) e retornamos à estrada. Já nos primeiros kilômetros, a diferença era muito sensível, com a Safari recuperando sua boa aceleração, mantendo velocidade nas subidas e com boa retomada de aceleração. Em nenhum momento apresentou os problemas de lentidão, falta de aceleração e perda de velocidade. Mesmo na subida da Serra de Ubatuba! Subiu como sempre o fez, com boa desenvoltura e velocidade de 50, 60Km/h.
Por que, então, essa diferença de rendimento e comportamento do veículo? Estou convencido de que o problema foi da baixa qualidade do combustível comercializado pelo posto Ipiranga do Carrefour do bairro do Limão, onde abasteci a Safari, na viagem de ida. O que mais me chama a atenção é que sempre abasteci os veículos da família nesse posto e nunca havia notado nenhuma diferença ou dificuldade. E, realmente, era o combustível mesmo. Dias depois, um outro veículo meu apresentou problemas de entupimento dos bicos injetores, com apenas 2050 Km rodados. Eu sempre abasteci no mesmo posto, desde a primeira vez, e, repentinamente, o carro começou a falhar, a perder rendimento e aumentar o consumo. Fiz a limpeza dos bicos na concessionária e tudo voltou ao normal. Fui conversar com o gerente do posto e ele disse que o combustível era bom e analisado pelo laboratório Falcão Bauer, etc e me pediu as notas fiscais da vezes em que abasteci o veículo. Não tinha todas, faltavam 2. Por conta disso, nada feito. O prejuízo (R$140,00, da limpeza dos bicos injetores) foi meu. Bom, o fato é que hoje, enquanto digito este relato, mudou a bandeira do posto de combustíveis do Carrefour Limão; era Ipiranga, agora é SHELL. Continuo abastecendo os veículos da família lá. Só que agora, antes de abastecer, peço, como é direito do consumidor, que seja feito o teste de pureza do combustível e guardo todas as notas fiscais. Vivendo e aprendendo.
Bom, voltando à viagem de volta, pegamos muito congestionamento no rodovia dos Tamoios e no sistema Ayrton Senna-Carvalho Pinto, mas a Safari ainda nos serviu o último lanche da noite. Como o trânsito estava muito carregado, pesado mesmo, decidimos parar em um posto de combustíveis e preparamos, na Safari, um delicioso hotdog. Engraçado era que, enquanto saboreávamos o hotdog, as pessoas, curiosas, vinham ver de perto "aquela kombi diferente" e, quando viram-nos comendo um lanche dentro dela, ficavam achando engraçado e queriam conhecer, conversar, etc.
Bom, voltando à estrada, fizemos uma boa viagem e chegamos a SP às 22h40, num trajeto de 300 Km entre Parati e Sampa.
Agora, só em janeiro de 2009, se Deus quiser.
Tchau.
Elton

Parati 2008 - 8

19/jul/08 - Sábado


Novamente, não dormimos bem. Havia um quiosque na praia do pontal que ficou com música muito alta (bate-estaca) até por volta das 3h. Tomamos café e temperei a Anchova para o almoço; depois, fomos fazer umas comprinhas básicas.
Aqui no Pontal, há uma escola de vela (velejar) e resolvi ir lá buscar algumas informações. Conversei com o Júnior, responsável pelo curso. Trata-se de uma escola de vela com curso gratuito para crianças de Parati e região, que funciona com o material didático da escola de vela BL3, de Ilhabela. Enquanto conversávamos, as crianças estavam retirando os pequenos veleiros para a aula prática do dia.

Parati 2008 - 7

18/jul/08 - Sexta


Dormi mal esta noite. Acordei de madrugada e depois tentei dormir novamente. Acordei (de novo) tomei café e fomos à feirinha levar o botijão de gas (5 kg) da Safari para encher e levar a bike do Mateus para trocar o pedal, lubrificar e dar um reaperto geral (R$15,00).
Fizemos um belo churrasco no almoço e, à tarde, voltamos ao centro para levar a bike do André para uma revisão (R$10,00). Retornando, compramos pães e bolos para o belo café da tarde.
Retornando do centro, algo muito inusitado aconteceu: fui abordado por um motociclista que perguntava pela praia. Informei e só então percebi que era de Campo Belo-MG. Tratava-se de um grupo composto de 4 motociclistas do Moto Clube Terroristas do Asfalto.
Indiquei-lhes a praia do Pontal, em frente ao camping, onde estamos. Depois, fui conversar com eles, que disseram estar retornando da Argentina e que não estavam gostando de Parati devido ao calçamento (Pé de Moleque) que faz doer ainda mais o bumbum.
Contei brevemente sobre a história de Parati, indiquei-lhes o Forte do Defensor Perpétuo, um local com boa comida e bom preço e um retorno à rodovia sem terem que passar pelo calçamento pé de moleque.
Interessante encontrar esse grupo por aqui. Nira e eu moramos em Campo Belo no início dos anos 1990 (91-94) e, como é uma cidade pequena (45 mil habitantes), "todo mundo se conhece" e começamos a conversar sobre amigos em comum, que não são poucos. Foi uma boa surpresa conhecê-los. Tiramos fotos juntos e eles nos deram botns e adesivos do MC. Logo depois, nos despedimos e eles nos convidaram a vistá-los em sua sede, próxima a rodoviária em Campo Belo.
Hoje é noite de lua cheia, que despontou muito bonita por trás das montanhas que circundam Parati proporcionando um espetáculo muito belo de se contemplar. Nira e eu ficamos horas tomando um banho de lua, que beleza!!

Parati 2008 - 6

17/jul/08 - Quinta


Meu aniversário. Muito obrigado, Senhor, pela vida que tu me preservas, pelo ministério que me ofertas, pela igreja que me dás o privilégio de pastorear, pela benevolência da bênção da esposa querida, pelos filhos amorosos e abnçoados com os quais me fortaleces, pelo sustento em todo o tempo, pelas liçoes do caminho, pelo perdão e pela vida eterna em Cristo Jesus, meu Senhor e Salvador. Por tudo, muito obrigado, Senhor. 42 anos.
Pela manhã, Nira, Mateus e André me presentearam com um ótimo livro sobre navegação, intitulado "Navegar é Fácil", do Capitão de Mar-e-Guerra Geraldo Luis Miranda de Barros, um belo e útil presente.
Depois, fomos ao centro comprar os apetrechos e ingredientes para o churrasco, que ficou simplesmente uma delícia!
À tarde, ficamos pelo camping quando passou o "tiozinho" vendendo doces; compramos bolo de tapioca, cocada e bolo prestígio. No fim da tarde, o Alexandre e outras crianças do camping convidaram o Mateus e o André para pescarem no canl do rio Perequê-Açu. Resolvi ir junto para observar de perto. Logo em sua primeira tentativa, o Mateus perdeu a chumbada da linha e, com os olhos marejados, disse que queria voltar pro camping. Resovi a questão improvisando uma "chumbada" de pedra e ele continuou "pescando". O Alexandre figou um Siri fêmea, que foi devolvida ao canal, e um pequeno Bagre, que teve igual destino.
À noite, resolvemos comer hotdog e, depois, retornamos ao centro, onde o Mateus quis posar para um artista de rua (Rico) desenhá-lo. O resultado foi muito bom (R$25,00). Retornamos ao camping e fomos dormir apreciando a beleza da lua cheia.
Talvez o leitor esteja pensando: "caramba, os caras vivem indo e voltando ao centro toda hora..." e aí eu explico: é que o camping do CCB é muito bem localizado e fica bem próximo ao Centro Histórico de Parati

Parati 2008 - 5

16/jul/08 - Quarta


Após o café, fui tomar um solzinho na praia, lendo o livro Rapunzel nos mares do Sul, de Marçal Ceccon, narrando suas aventuras em família a bordo do veleiro Rapunzel, em uma volta ao mundo que durou 3 anos. O estilo literário é bem simples, bom de se ler e ele tem um bom senso de humor ao narrar mesmo os momentos críticos das travessias.
Depois, Nira e eu fomos ao centro fazer umas comprinhas básicas.
Hoje à tarde chegou ao camping um Motor Home 608 de um casal que conhecemos no CCB de Ubatuba, no ano passado. Eles são do Rio. Enquanto almoçavam na cantina do camping, peguei uma enxadinha de jardim que levo na Safari e fiz uma trilha no chão para que a mangueira e a extensão de energia não ficassem expostas. Foi exatamente isso que o Harold fez conosco, quando aqui estivemos em janeiro passado. Depois fui ao cantro histórico checar os e-mails em uma lan house e comprei pão quentinho e bolo de fubá para o café da tarde.
No fim da tarde o Reinaldo, que está vendendo o trailer, veio conversar conosco sobre a Safari e o convidei para entrar e conhecer melhor a Safari, haja vista que ele pretende, vendendo o trailer, comprar uma.
A Anchova acabou no jantar. Uma pena! Amanhã teremos que "pescar" outra
.

Parati 2008 - 4

15/jul/08 - Terça


Pela manhã, Nira e eu fomos à peixaria e compramos uma bela Anchova para o almoço. Aqui vai uma dica: os peixes estão mais baratos na peixaria que fica em frente à feirinha permanente de Parati, ao lado da Pousada Sossego, da Maria Della Costa; os preços do peixe do mercado próximo ao cais de Parati estavam mais altos.
À tarde fui, enfim, conversar com o "seu" João, da Kombi. Trata-se de uma pessoa muito gentil, simpática e educada, que gosta muito de ler. Na sua Kombi 1994/95 tem de tudo (mas de tudo mesmo!), é até um exagero o que ele leva lá dentro. Enquanto conversávamos, chegou o Reinaldo, que está vendendo seu trailer (Aldebarã 540) totalmente equipado com avancê completo por R$ 18 mil reais, e entrou junto na conversa. Depois, o "seu" João me apresentou o Lincoln, velejador que possui um veleiro de 40 pés, que mora numa barraca aqui no CCB enquanto seu veleiro está sendo reformado; o Lincoln é uma figura!
O "seu" João já viajou com sua Kombi por toda a América do Sul, subindo até o Equador e retornando por Belém - PA. Ele é de Aracaju - SE, separou-se da esposa e resolveu viajar pelo Brasil de Kombi lebando, além de uma enorme bagagem (enorme mesmo!), apenas a sua poodle.
Durante a conversa, ele disse que é Capitão Amador (velejador) e aí a conversa engrenou pelo lado náutico, que também muito me agrada. Pedi que ele me desse noções básicas de localização latitude/longitude e ele, solicitamente, começou a ensinar ali mesmo, pegando uma carta náutica que trazia na Kombi, e foi citando os causos das suas travessias na REFENO (Regata Recife-Fernando de Noronha), etc. Foi uma conversa muito agradável. Pena que ele já vai embora amanhã cedo; certamente teria muito mais a aprender e a conversar com ele, que me empretou 2 guias da América do Sul e 1 carta náutica. Após o jantar, devolví-lhe os livros, a carta náutica e nos despedimos.
Conversei também com uma família alemã (Boucualt, Bárbara e o filho Josha) que está fazendo turismo pelo Brasil e está acampada aqui no CCB. Estão a bordo de uma CamioneteToyota cabine dupla amarela transformada em Motor Home, que foi projetada e adaptada pelo proprietário, Boucault, engenheiro civil. Como meu inglês, além de limitado, está bem enferrujado, conversamos mais através da mímica do que propriamente usando as palavras. Mas deu pra entender que eles irão subir até Recife, onde a esposa e o filho embarcam para a Alemanha, e ele descerá até a Argentina, de onde enviará a Toyota para a Alemanha, pois a carga tributária lá é menor do que no Brasil.

Parati 2008 - 3

13/jul/08 Domingo


Após o café, fomos ao mercado próximo ao cais de Parati e compramos uma bela Corvina para assar no almoço. Para nossa surpresa, recebemos a visita da Rosa, safarista, conhecida no meio como Mulher Gato e conversamos bastante. Ela disse que já havia ido ao Camping Jabaquara e encontrou uma Safari com placas de Santos - SP que estava abandonada e canibalizada. Ela tomou um cafezinho conosco e disse que estava no Posto Esso, na entrada da cidade, e que precisava da autorização do dono do posto, que talvez só venha amanhã, para continuar estacionada lá e vai var se ele cede água e luz.
À tarde, Nira e eu resolvemos retribuir a visita, fazendo uma voa caminhada da praia do pontal , onde estamos, até o portal da cidade, onde está a Rosa, e tomamos mais um cafezinho
À noite, fomos andar pelo centro histórico de Parati e comer boas guloseimas que por lá são vendidas.